Durante a época mais fria do ano, é preciso ficar de olho no crescimento do risco de doenças cardiovasculares. De acordo com dados da American Heart Association (Associação Americana do Coração) a incidência de problemas cardíacos durante o inverno aumenta em até 25%.
O médico do departamento de Cardiologia da Rede Mater Dei e do Hospital Belo Horizonte, Dr. Augusto Vilela, informa que com a queda da temperatura há uma diminuição da circulação sanguínea. “Isso pode causar angina e até mesmo um infarto”, ressalta o médico.
A Dra. Nicolle Queiroz, cardiologista do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, do Hospital São Luiz e coordenadora clínica do Grupo Dr. Vida e Smart Saúde, explica que no inverno nosso organismo passa por um processo chamado vasoconstrição.
“A vasoconstrição acontece quando as artérias se contraem para preservar a temperatura do sangue. Na hora que o corpo passar por esse processo e diminuir o fluxo de sangue para o músculo cardíaco, se o indivíduo já possuir uma doença crônica, como hipertensão, colesterol alto ou uma carótida entupida, irá causar uma sobrecarga perigosa”, esclarece a especialista.
O Dr. Augusto complementa informando que o frio ainda tem a capacidade de piorar sintomas de problemas crônicos pré-existentes, aumentando a pressão arterial e o risco de problemas graves, como um AVC.
“No inverno, o organismo fica mais propenso a doenças virais o que promove um esforço maior, causando desequilíbrio no coração”, acrescenta o médico.
Segundo Dra. Nicolle, durante o inverno, alguns vírus que causam gripes também podem ser responsáveis por um infarto conhecido como tipo 2, que acontece por conta do excesso de trabalho do coração decorrente a uma infecção.
“Alguns vírus conseguem se transformar e provocar uma reação inflamatória profunda, que é conhecida como miocardite viral, por mais que não seja comum na maioria da população. Quando acomete o idoso, tem um potencial de gravidade grande se não for manejada por um médico experiente”, completa.
Dra. Nicolle alerta que é fundamental manter-se aquecido, com a temperatura corpórea por volta de 36/37 graus, que é a média do nosso sangue. Mas, só se proteger do frio não adianta, o ideal é ter um estilo de vida saudável, alimentando-se bem, fazendo caminhadas (lembrando que agora é preciso usar máscaras) e evitar cigarro e álcool.
“Estabelecer uma rotina de sono de 7 a 8 horas, ajuda a cuidar do seu lado emocional. É essencial tomarmos conta desse aspecto, pois quando estamos irritados ou tristes, nossa pressão arterial e frequência cardíaca aumentam. Isso faz o trabalho do coração crescer, assim como os riscos”, alerta a especialista.
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