O Brasil registra aproximadamente 180 mil novos casos de câncer de pele por ano, de acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esses números são preocupantes, já que a doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos do país.
“Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Por isso a importância da prevenção, começando desde pequeno, os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar na saúde do envelhecimento da pele e no surgimento do câncer de pele na fase adulta”, explica a médica especialista em dermatologia, Flávia Villela.
Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos que podem se manifestar de formas distintas.
Carcinoma basocelular: o mais comum, cerca de 80% dos casos, pode ser mais agressivo localmente, porém - normalmente - apresenta uma evolução mais lenta. Pode-se apresentar como uma pinta, mancha, nódulo ou ferida na pele.
Carcinoma espinocelular: com origem na camada mais superficial da pele também pode aparecer em mucosas e até em áreas de cicatrização prolongada, como uma ferida que nunca fecha. Mais comum surgir nas áreas do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, lábios, pescoço e dorso da mão. Às vezes é até necessário radioterapia no complemento do tratamento.
Melanoma: o menos frequente, representa 3% dos cânceres de pele no Brasil, porém é o mais agressivo, com risco de metástase. O prognóstico pode ser bom se descoberto na fase inicial. Devido aos novos medicamentos e a detecção precoce da doença, houve uma melhora na sobrevida desses pacientes nos últimos anos.
De acordo com a Dra. Flávia, qualquer um de nós pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros, indivíduos com histórico familiar de câncer de pele, múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. “É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele”, explica a médica.
O raio UVA, mais relacionado ao fotoenvelhecimento (surgimento de manchas e rugas), está presente de forma contínua durante o dia, enquanto o raio UVB, mais ligado ao câncer de pele, tem sua concentração maior entre 10 e 16 horas.
Evitar o sol entre 10h e 16h não é a única forma de se prevenir o câncer de pele. A melhor prevenção é o uso correto de filtro solar, ao longo do dia, associado a proteções físicas como roupas e chapéus. Listamos algumas dicas para você incluir no seu dia a dia:
Usar filtro solar diariamente, mesmo que em dias nublados, e reaplicá-lo a cada duas ou três horas ou antes se houver suor excessivo e atividades em água.
Recomenda-se aplicar protetor nas seguintes quantidades:
1 colher de chá para rosto, pescoço e couro cabeludo;
1 colher de chá para a parte da frente do tronco e 1 colher de chá para a parte de trás;
1 colher de chá para cada braço;
1 colher de chá para a parte da frente de cada perna e 1 colher de chá para a parte de trás de cada perna.
Aplicar filtro solar adequado ao seu fototipo:
Pessoas de fototipo 1 ou 2 (pele clara, olhos claros, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam) precisam de uma fotoproteção de no mínimo FPS 50;
Pessoas de fototipo 3 ou 4 (pele clara e cabelos castanhos ou pele mais morena e cabelos castanhos, que se bronzeiam e nem sempre se queimam) necessitam de fotoproteção entre FPS 30-50;
Pessoas de fototipo 5 e 6 (peles morenas mais escuras e negras) apresentam fotoproteção eficiente com FPS 30.
Lembrando que esses fatores são suficientes desde que se aplique o filtro em quantidades adequadas.
Aplicar o filtro solar mesmo embaixo do guarda-sol que oferece uma proteção de no máximo FPS 7, de modo que só ele não é suficiente para proteger a pele dos danos solares.
Não usar o mesmo filtro solar por vários verões, pois os componentes se deterioram com o tempo, perdendo o seu efeito de proteção.
Evitar ao máximo queimaduras solares durante a infância. Um dos fatores de risco para o desenvolvimento de melanoma é a ocorrência de queimaduras solares importantes, principalmente com formações de bolhas, portanto, é essencial a proteção solar adequada das crianças quando expostas ao sol.
Não esquecer de aplicar o filtro solar em áreas mais escondidas como axilas, pescoço, orelhas, região inguinal, cotovelos e pés.
Proteja-se durante o verão e fique saudável por muito mais tempo!
Crédito de imagem: Aja Koska
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