O mês de de agosto é marcado pela celebração da Semana Mundial de Amamentação (SMAM), estabelecida em 1992 pela World Alliance for Breastfeeding Action (WABA). Seus principais objetivos são: promover, incentivar e motivar o aleitamento materno por meio do aumento ao acesso às informações sobre o assunto.
Esse ano, o slogan da SMAM é “Apoiar a amamentação para um planeta mais saudável” e traz discussões sobre o impacto da alimentação infantil no meio ambiente e nas mudanças climáticas e na necessidade urgente de encorajar a ação para a saúde do planeta. O leite materno é um alimento natural, ambientalmente seguro e com inúmeros benefícios.
De acordo com a Dra. Mariana Gouveia, pediatra, a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é de que o bebê deve receber exclusivamente leite materno até os seis meses. Depois, o ideal é oferecê-lo como complemento até os dois anos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o aleitamento materno só traz benefícios, tanto para as mães quanto para os bebês. Destacando a proteção que o alimento materno traz contra as alergias e muitas infecções, passando anticorpos de mãe para filho. Evita diarreias, pneumonias, otites, meningites e, ainda, favorece o desenvolvimento dos ossos e da fala, regula a respiração e previne problemas de dentição.
A lactante volta mais rapidamente ao peso pré-gestação, tem as chances de desenvolverem infarto, diabetes, câncer de mama e ovário reduzidas e libera mais endorfinas, que aumentam a sensação de prazer e felicidade.
Dr. Flauber Santos Filho, pediatra e coordenador da Pediatria do Hospital San Paolo (HSANP), expõe que são muitos os fatores que interferem na amamentação, mas os principais estão relacionados a dificuldades que aparecem bem no início, que é complicado, pois a nova mamãe pode sentir dores e ter fissuras nos mamilos.
Outra causa de desmame precoce, afirma Dra. Mariana, é a presença de bicos artificiais na rotina dos bebês, como chupetas, mamadeiras e bicos de silicone. E, ainda, acrescenta que é muito difícil uma criança desmamar antes do tempo sem que haja alguma interferência externa, como os exemplos citados.
O médico orienta sobre as principais maneiras de prevenir o desmame precoce:
Apoiar a mulher e a criança;
Reforçar as orientações sobre a amamentação desde o início;
Esclarecer dúvidas;
Produzir um ambiente domiciliar de tranquilo;
Estimular que as mamães durmam e se alimentem bem.
Segundo Dra. Mariana, apesar da evolução da tecnologia das indústrias na tentativa de aproximação das fórmulas infantis ao leite materno, ainda, o produzido pela mãe é indiscutivelmente melhor.
A especialista também esclarece que, no alimento produzido pela mulher, são secretados anticorpos, substâncias antivirais e antibacterianas, importantes para o sistema imunológico e outras vitaminas e minerais fundamentais para um bom crescimento.
“Mais recentemente, se descobriu mais de 1400 microRNAs, que têm papel importante regulando a expressão genética. Ajudam a prevenir ou parar o desenvolvimento de muitas doenças já programadas pela genética daquele bebê, sustentam o sistema imunitário e desempenham um papel na remodelação da mama, reduzindo o risco de câncer de mama para a mãe”, acrescenta.
O coordenador do HSANP diz que há ainda muito a se aprender sobre a covid-19, mas, nesse momento, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que a amamentação seja mantida.
“Em caso de mamães com covid-19 ou suspeita, a orientação é que a amamentação ocorra com o uso de máscara, higiene adequada das mãos, além de evitar beijar o bebê, seja no rosto ou nas mãos”, adiciona o médico.
A orientação é que mãe e filho permaneçam no mesmo ambiente somente para o momento da alimentação, para a segurança de ambos. No entanto, caso a mulher não se sinta segura, é possível retirar o leite por meio da ordenha manual ou com bombas de extração para que outro cuidador saudável ofereça para a criança.
“Amamentar é um ato de amor e não é simples. No início são comuns as dificuldades, mas que certamente podem ser superadas. E o resultado vale a pena, já que as crianças ficam mais fortes e saudáveis. O vínculo que se estabelece é muito forte”, finaliza o Dr. Flauber.
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