Um dos problemas de saúde pública que mais tem preocupado pais, médicos e a sociedade em geral é a obesidade infantil. Um estudo realizado pelo Imperial College London e a Organização Mundial da Saúde apontou que o número de crianças e adolescentes obesos cresceu 10 vezes nos últimos 40 anos em todo o mundo.
Somente no Brasil, um terço das crianças de 5 a 9 anos possui excesso de peso, 17,1% dos adolescentes estão com sobrepeso e 8,4% são obesos. É o que indica o relatório Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, alimentação e nutrição da Unicef.
Para poder mudar essa realidade, os pais têm papel fundamental na implementação de uma boa alimentação e hábitos saudáveis na rotina da criança. Por isso, apresentamos alguns dos principais fatores que contribuem para o ganho de peso e como pequenas atitudes fazem a diferença na prevenção à obesidade infantil.
A Organização Mundial da Saúde define sobrepeso e obesidade como o acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco à saúde. Nas crianças, esse distúrbio se desenvolve com ainda mais facilidade, logo que o organismo está em processo de formação.
A medida mais utilizada para definir se uma pessoa está acima do peso ou obesa é o Índice de Massa Corporal (IMC). Basicamente, ele é definido fazendo a conta do peso em quilogramas de uma pessoa dividido pelo quadrado de sua altura em metros (kg/m²).
Porém, seu uso em crianças e adolescentes é inadequado, logo que ainda estão em plena fase de desenvolvimento, passando por mudanças constantes no seu tamanho e peso.
Existem diversos fatores que podem acarretar no desenvolvimento da obesidade infantil, mas o principal é a combinação entre ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar, associados à inatividade física devido à natureza cada vez mais sedentária em que as crianças estão expostas.
Apesar da dieta brasileira comum envolver arroz, feijão, legumes, carne, salada e frutas, esses hábitos alimentares estão mudando a cada ano. Cada vez mais os alimentos industrializados com alto teor calórico e baixo valor nutricional são incluídos na lista de compras.
Além disso, o tempo perante a televisão também pode estar relacionado ao aumento de peso. Segundo estudo realizado pela Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, crianças que passam de uma a duas horas em frente à TV correm um risco 47% maior de serem obesas, comparadas àquelas que passam menos tempo assistindo ao aparelho. Os autores concluíram ainda que o televisor aumenta esses índices não apenas por desviar a criança das atividades físicas como também por induzir à ingestão de alimentos altamente calóricos.
Como consequência, a criança fica propensa ao desenvolvimento precoce de diversas doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, distúrbios psicológicos. As chances de manter a obesidade na vida adulta também são muito altas.
Para impedir que essas crianças se tornem adultos com excesso de peso, os pais precisam controlar as calorias consumidas em alimentos e bebidas, proporcionando uma alimentação saudável. O ideal é evitar ao máximo alimentos ultraprocessados e açucarados.
Estimular as atividades físicas também é essencial, não apenas como atividade esportiva, mas também como um momento de lazer e diversão. Mesmo as brincadeiras tradicionais como jogar bola, pega-pega e outras são opções para queimar as gorduras.
Vale lembrar que o objetivo é reduzir o ganho de peso, porém sem interferir no crescimento e desenvolvimento naturais das crianças. Por isso, elas não devem ser submetidas à dietas de redução de peso sem a consulta e diagnóstico de um médico.
Não existe uma fórmula mágica para eliminar de vez a obesidade infantil. É necessário investir tempo e dedicação no cuidado com as crianças. Abaixo você pode conferir algumas dicas para ajudar os pequenos a desenvolverem hábitos alimentares saudáveis e se prevenirem desse distúrbio:
Ofereça mais vegetais, frutas, legumes e produtos integrais;
Diminua o consumo do leite e laticínios;
Opte pelas carnes magras como aves e peixes, e inclua a lentilha e feijões para obter proteínas;
Sirva porções de tamanho razoável;
Incentive a família a beber muita água;
Reduza as bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos prontos;
Limite o consumo de açúcar e gordura saturada.
Se a criança já se encontra em uma situação de obesidade infantil, o ideal é fazer o acompanhamento com profissionais nutricionistas, pediatras e educadores físicos.
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