O mês de setembro é mundialmente conhecido por ser um momento de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020, estima-se aproximadamente 8.460 novos casos dessa doença no país.
Outra informação importante é que, também aqui no Brasil, essa enfermidade representa 8% do total de óbitos entre menores, de acordo o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Esse número é alto, pois a doença é diagnosticada em estágios tardios.
Os tipos histológicos (das células e partes microscópicas) mais frequentes na criança e no adolescente são: leucemias, tumores do sistema nervoso central e os linfomas.
A SBP afirma que ainda não há nenhuma evidência científica sobre os fatores de risco relacionados ao estilo de vida que tenham associação com a condição. Além disso, as alterações genéticas que propiciem o desenvolvimento de um tumor são muito raras, então há muita dificuldade em dizer o que provoca ou não o surgimento dos tumores.
A única comprovação que já existe é sobre a hereditariedade (transmissão de pais para filhos), que é muito difícil, mas sabe-se que 40% dos casos de retinoblastoma (tumor maligno nos olhos) são de origem genética.
Com essa falta de informações, a prevenção dessa patologia é muito difícil, porém há algumas recomendações gerais, como:
Não fumar perto das crianças;
Manter uma alimentação adequada;
Manutenção do peso;
Evitar exposição excessiva ao sol e radiação;
Prática de atividades físicas;
Redução das infecções com vírus e bactérias cancerígenos (bactéria helicobacter, vírus da hepatite B, vírus de Epstein Barr, HPV tipo 16 e 18, HIV e HTLV 1, entre outros).
É importante ficar atento aos sintomas que sugerem um caso de câncer infanto-juvenil:
Leucocoria: quando a pupila dos olhos fica branca;
Estrabismos e nistagmos (movimento involuntário dos olhos) que surgem de forma repentina;
Aumento de volume em qualquer região do corpo, principalmente se estiver indolor e sem febre, podendo estar associado ou não a sinais de inflamação;
Hematomas pelo corpo em áreas incomuns e sem motivo aparente;
Dores contínuas nos ossos, articulações e costas, principalmente quando acorda a criança no meio da noite;
Sinais precoces da puberdade como: acne, voz grave, ganho excessivo de peso, pelos pubianos ou aumento do volume mamário nas meninas com menos de oito anos de idade e, nos meninos, menos de nove anos de idade;
Dor de cabeça persistente e progressiva, associada ou não a vômitos, diabetes insipidus, neurofibromatose, alterações na marcha, equilíbrio e/ou fala, além de perda de habilidades desenvolvidas e alterações comportamentais;
Febre prolongada, perda de peso, palidez ou fadiga persistente e inexplicadas;
Prurido/suor excessivo durante a noite;
Dor abdominal/massa abdominal;
Hipertensão arterial sem causas aparentes;
Sangramentos inexplicáveis.
Se notar algum desses indícios no seu filho, procure um médico para saber mais.
O diagnóstico definitivo dessa condição é feito por meio de exames especializados. Após a descoberta confirmada, o tratamento se inicia nos centros especializados para oncologia infantil,. São diversas modalidades terapêuticas, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia, imunoterapia, transplante de medula óssea ou de órgãos.
Segundo dados do INCA e do Ministério da Saúde, a sobrevida de pacientes com essa condição estimada no Brasil na faixa etária de 0 a 19 anos é de 64%. Por isso, é importante ficar de olho nos sinais e manter as visitas periódicas ao pediatra.
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