Fazer com que as crianças se alimentem de forma saudável nem sempre é fácil. Conforme a idade vai passando, alguns tornam-se teimosos dificultando esse processo. Além disso, os pequenos podem apresentar a chamada “neofobia”, que é o medo de provar novos alimentos.
Segundo, a pesquisadora e professora associada da Faculdade de Saúde Pública da USP e parceira do Comitê Umami, Dra. Sonia Tucunduva Philippi, é normal que isso aconteça. “Deve-se insistir na oferta e programar o alimento recusado em uma nova oportunidade, sem desistir. Lembre-se que existem preferências e aversões pelas comidas e que ambas situações precisam ser tratadas com paciência, considerando os momentos e oscilações do apetite”, ressalta a pesquisadora.
Para ajudar nessa tarefa, reunimos cinco dicas e maneiras de fazer a hora da alimentação mais divertida.
Como as crianças adoram objetos coloridos, a dica é usar a coloração dos alimentos para chamar a atenção dos pequenos. A questão visual mexe muito com a criança, então na hora de montar a refeição é preciso deixá-la atrativa aos olhos para que seja também ao paladar.
Existem diversos legumes e verduras com cores diferentes como a beterraba, cenoura, brócolis, rabanete entre outros. Faça com que o prato fique harmonioso com as diversas opções, no YouTube há vários vídeos que podem ajudar na montagem.
Na hora da alimentação, os pais ou responsáveis precisam dar o exemplo a criança. Não adianta incentivar que o pequeno coma vegetais, se a própria pessoa não coloca um brócolis no prato. O comportamento dos pequenos é um reflexo dos adultos.
“Esses hábitos são construídos na infância e a família deve estabelecer regras de convívio, impondo limites de quantidade de refeições, mas sem medidas autoritárias, proibições e castigos. Em uma certa idade, eles começarão a construir sua identidade alimentar, dando espaço para seus prediletos, e os pais e cuidadores precisam trabalhar positivamente nas possíveis neofobias e na construção de um padrão saudável”, explica Dra. Sonia.
De acordo com a pesquisadora, as crianças possuem um paladar mais apurado e seletivo. Por isso, para diversificar a alimentação, é preciso incluir gostos que se combinam, como doce e salgado ou o umami (um dos cinco gostos básicos do paladar humano).
“Harmonizar os alimentos certos pode ser uma excelente estratégia para tornar o prato mais atraente. Faça um teste: ofereça uma alface crespa e acrescente opções umami: tomate cereja, milho cozido, cogumelo paris ou queijo parmesão ralado. Além de colorido, fica muito mais saboroso”, exemplifica.
Conforme novos alimentos forem apresentados a garotada, é preciso atentar-se às reações que eles terão. Desde o momento em que as refeições estão sendo preparadas, as porções que são oferecidas, o tipo da comida e a autonomia do pequeno ao comer.
São durante essas ações que os pais podem notar o comportamento da criança e tentar ajudar, oferecendo o alimento de outra maneira. Por exemplo, ele pode rejeitar a batata assada, mas aceitar quando cozida ou em forma de purê.
Colocar os filhos para ajudar no preparo das refeições é uma ótima maneira de aguçar a vontade de comer os alimentos que eles mesmos vão cozinhar. Quando fazem parte desse processo conseguem ter mais interesse na alimentação.
“Eles tornam-se capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, desenvolver maior raciocínio de causa e efeito, de classificar, reclassificar, generalizar e adotar como hábito alimentar”, ressalta a Dra. Sônia.
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Fazer com que os filhos se alimentem de forma saudável é uma tarefa que exige disciplina. Haverão dias em que eles vão bater o pé para não querer comer determinada comida, mas os pais devem incentivar que a alimentação seja repleta de nutrientes para auxiliar no crescimento. Coloque em prática nossas dicas com seus filhos e veja como a relação deles com as refeições podem mudar.
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