O mês de setembro é marcado pela celebração do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e por ser um momento de conversar a respeito de saúde mental e desmistificar preconceitos que cercam o assunto.
Todos os anos a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) registra aproximadamente dez mil mortes por esse motivo. E a sociedade segue perpetuando alguns estigmas que não ajudam na prevenção e erradicação desse problema.
Por mais que seja um tema assustador, temos que dialogar sobre o assunto para desconstruir o senso comum e facilitar o reconhecimento dos sinais, permitindo que atitudes sejam tomadas para ajudar quem estiver considerando o ato.
Segundo a Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir, criada pela ABP junto com o Conselho Federal de Medicina (CFM), em 96,8% dos casos, o suicídio é consequência de transtornos psiquiátricos não diagnosticado, não tratado ou, até mesmo, tratado de forma inadequada. Por causa disso, a percepção da realidade é alterada, interferindo no livre-arbítrio e tomada de decisão.
Sendo que a maioria dos suicídios está ligada a uma doença mental, quando tratada os pensamentos passam e o paciente tenha uma perspectiva melhor com relação à vida. Quando há uma terapia adequada para o quadro psicológico a ideia tende a ir embora com o tempo.
Um dos maiores mitos é que “quem quer tirar a própria a vida, não fala”. Normalmente, há uma variedade de alertas que indicam que alguém está com pensamentos suicidas. Além disso, esses indivíduos expressam discursos de despedida algum tempo antes de seguir com a ideia.
Ao mesmo tempo em que o indivíduo não se sentirá mal em todos os momentos, não significa que se, de repente, aparentar estar tranquilo já não corre mais risco. Às vezes, ao tomar a decisão de tirar a própria vida, a pessoa se sente “melhor” antes de fazer uma tentativa, simplesmente por ter acabado com as dúvidas de que é isso que deseja fazer.
Pelo contrário, um dos períodos mais complicados é durante a recuperação da crise que motivou o ato. Principalmente na semana pós alta do hospital na qual a pessoa ainda segue muito fragilizada.
Não, pelo contrário. Encorajar a discussão, sem emitir julgamentos, é importante. Além disso, libera tensões e angústias que essa espécie de pensamento traz para a saúde (mental e física).
Na verdade, é obrigação da mídia como TV, rádio, internet, jornais e revistas discutir essa pauta para levantar e disseminar informações corretas. Isto não aumenta o risco de um indivíduo se matar e é fundamental dar informações à população com relação ao problema, onde buscar auxílio etc.
Se perceber que alguém próximo a você está exibindo alguns desses indícios, ofereça suporte ou procure um especialista para conversar. Confira!
Transtornos mentais: praticamente todos que tentaram se suicidar ou com tendências a essas ideias sofrem com distúrbios psicológicos. E a forma como eles lidam com isso é determinante e o tratamento com um psiquiatra é uma das principais formas de prevenção.
Histórico pessoal: já tentou tirar a própria vida anteriormente? Quem já fez uma vez está 5 ou 6 vezes mais propenso a fazer de novo.
Pensamentos suicidas: comentários que demonstram desespero, desamparo e/ou desesperança. Indicadores de alerta são frases como “eu não queria ter nascido”, “seria melhor se eu estivesse morto” e “caso não nos encontremos novamente”.
Fatores estressores: eventos significativos como divórcio, perda de um ente querido, do emprego e outras coisas negativas que acontecem tornam-se gatilhos para pensamentos suicidas.
Fique atento aos sinalizadores e procure ajuda. Uma opção é ligar para o CVV (188).
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